Bem Vindo às Minhas Insanidades!!!

Estou consciente de algo em mim: Dê-me papel e caneta, e terei a honra de lhe reapresentar o mundo, através de minhas lentes, com um pensamento feminino ativo que vê o mito e a magia como algo certo e empírico, e que de vez em quando chupa as bolas do Deus Ciência.

Dentro de uma só Mulher, moram várias mulheres. Essas mulheres dialogam entre si, em busca de sua unidade e sobrevivência.

Quero falar sobre Essas mulheres (e não só as minhas personas) mas, as outras mulheres no mundo, enfrentando, ou se sujeitando a Lei Deles.

Quero falar de como podemos tornar o mundo um pouco mais Delas...

Quero contar e cantar a Arte D'Aquelas Mulheres: Bruxas, Magas, Feiticeiras, Fadas, Cortesãs, Esposas, Mendigas, Drogadas, Artistas, Bailarinas, Filhas, Mães e Avós...

Nesse mundo Eva é aceita porém subjugada, e Lilith... rsrsrs

Eles tentam calar, amordaçam nossas Liliths, é hora de lutar por nosso direito ao prazer e a magia de ser Mulher.

Eu sou uma Guerreira de Lilith!!! E nós Somos Muitas!!!

Aquela Mulher

domingo, 31 de outubro de 2010

"Eu ainda sou Aquele sonhador... buscando...Um jeito claro e simples de viver.Sem precisar fingir..." - Sá E Guarabira



Ah por favor me deixa aqui ser louca

Me deixa aqui ser só para ler um livro

Me deixa aqui para ser junto de amigo

Não digas nunca que fui falsa ou menti

Se tudo que eu te pedi

Foi - Acredita em mim

Meu crivo talvez: seja ser sensível demais

A vida que me bate e que jaz

Sem beijo ou abraço ninar

Ah por favor me deixa ser doida

E diz gostar assim de mim

Por que hoje tudo que eu quero

No peito inda espero

Ser amada enfim

Diz então para mim

Que eu tenho muita força para falar

Mesmo que nada vá mudar

Eu sei talvez possa despertar

Um outro louco qualquer vai sorrir

Por que achou um pedaço de terra

Tão pequeno e sem guerra

Que o agarrou para si

Quero o menino de chapéu

Que leve levantou o meu véu

Que certo me levou para o céu

Agora só sou em verso e papel

A moça que não consegue dormir

Com uma dor que é tão funda

Que só uma vida é capaz

De amar forte para depois transformar

Outro alguém tão amado que jaz

Tão no fundo de mim

O mais certo talvez é dizer o que sou

Sou cemitério tamanho de amor

De todos que passam e vão

Deixando feridas expostas

Em alma corpo coração

Epitáfio dos mortos que amei

Por favor não seja mais um

Já é tanto lidar com um ser

Que faz chorar sua mãe

Por que não é o que ela é

Pois é, meu irmão

Deixando poesia-canção

Me despeço da dor que há de vir

Chorando muda – e só tentando dormir...

Mayra Beleza Portela



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ode á Músicos, á poetas e artistas


Nunca amei um homem que não tocasse...

Um homem firme, que leve as cordas dedilhasse,

Melodias lentas a vibrar

Onde meu corpo que sente todo som

Possa dançar.

Nas notas doces, nas fortes ondas de acordes

Meus poros a te escutar,

A sedução do moço que toca

Eu em meu dançante cantar.

Desejante de ti me dar

Ode ao homem que cria, ao compositor

Ao homem que é vulgo não entrego meu amor

Sou mulher de musico poeta e de artista

Sou mulher de brilho e esplendor

Sou mulher que cria e nutre com ardor

O musicista, o violonista, o meu amor

Perdoem-me os outros tipos que nada sabem

De arte, do que se sente

Do que tocar como cordas,

Arrancando os gemidos de uma mulher.

Da arte de arrancar através da as delicias do bem me quer.

Aos trovadores eu me derreto

E amo sem temor,

Ao homem que através da arte

Arte faz seu ventre, nasce canção

Quero ser mulher de músico e poeta

Onde minha alma possa dançar

Onde meu corpo viaje

Esse homem eu vou amar



Ode aos músicos e aos poetas

Dedilhem meu corpo ao luar

Do verso, da rima, do canto, da estrofe

Das notas de se beijar...

É só um solo de guitarra....

 
                                                                           
Dama Louca

terça-feira, 26 de outubro de 2010

IMENSURÁVEL PORCA


Antes de tudo peço que assistam:

http://www.youtube.com/watch?v=x-O6kyAoF14  - Mais importante
http://www.youtube.com/watch?v=R2hg2VZJR8g
Vomito e Porcaria - Insuportável Sujeira Emocional

Criança piquenique débil andróide desajustado romance imutável destratado de lagrima e carne exposta febril, carniça fedorenta que treme frente a grande boca que abocanha a carne que será abocanhada. Exposta demonstrada, aberta, rasgada, a carne esta exposta, a ferida esta aberta, e o corpo por vezes é imundo.

Porem, meu corpo imundo das coisas que você não sabe lidar, é um só um corpo livre atormentado, por que a carne fede e esta exposta.

E você não pode lidar com isso, por que a carne é suja a carne é porca, é asco é inverdade, por que o teu julgo a faz corrompida, e incapaz de olhar o meu melhor jeito de ser livre.

Enquanto dados seres trabalham, limpos, honrados, ajustados, sistemáticos, e correndo lentos da forma mais abominável possível, eu estou AQUI, e de um jeito que sou livre, de um jeito que me põe longe de todos vocês. Eu vou chafurdar na lama de mim mesma.

Se alguém como você me julgar – que julgue... Eu estou aqui e nada a de me tirar do meu chiqueirinho, podem roubar-me uma liberdade física mas, jamais podem me tirar da liberdade de chafurdar na lama.

Sou eu muito de mim – uma sujeira moral absurda.

E do Amor! Do Amor que se esperaria a grande deliciosa glória de ser acolhida e amada onde fosse vem outra, OUTRA repulsa que me joga repugnante contra mim mesma, e eu sinto vontade de GRITAR, por que hoje, eu estou longe no meu chiqueirinho, e te prometo – você nunca entrará no meu chiqueirinho.

Eu sou muito livre para ser entendida a olhos de razão estruturalista, comedida e acomodada, a quem não pretende ir além, sou uma forma de incompreensão desmedida, por que no funda da sujeira, personifica-se minha sensual graça desorientada, minha graça engraçada, minha graça que você não alcança.



Por que minha graça te enoja.

Por que simplesmente nesse lugar ninguém banca – isso acabaria com a Síndrome da Bela Mulher prendada, de Beleza requintada, delicada e cor de rosa??

Você (s), julgariam que sim mas, não. Porcas são animais claros e delicados, a sua maneira, mas sua proximidade com o lixo, com o errado, torna as Porcas tão por natureza artificial recrimináveis e oprimidas... pobres Porcas...

CERTAMENTE QUEREM QUE EU VIRE BACON.

Até quando estarão dispostos os covardes


A diminuírem tanto o que sou e tenho


Se tudo que faço é para dizer de onde venho


É para dizer o tamanha das coisas gravadas como breco em cicatriz


Te mostro aqui sem vergonha minha funda raiz


Enquanto ele me diz – repulsiva


Enquanto ele me diz – insana e desajustada


Enquanto ele se desorgulha de mim


Junta-se a tropa de armas imensas que querem me desfigurar


Seu prazer sádico, em punir-me por ser o que sou


Me deixa frágil e pequena


E você só o faz por que se não,


Não haveria a frágil menininha que senta no seu colo


E Eu sou o que eu quero.


Sua amada imensurável Porca.


A.T.R.I.Z. S.E.M. N.O.M.E.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Descrição de Imagem: A Vagina Secreta

Ensaio Descritivo




Enquanto o ar e as imagens a envolviam em um cenário colorido e místico, com vozes brincadeiras de circo e sons do mato, em meio a cores e pessoas - buscava alçar o inalcançável, um simples suspiro divinizado, que trazia do não as intermitências das formas transgredidas por seus dedos rápidos.

Internamente tencionava o ventre de onde provinha o suspiro que sistematizava sua leveza altiva com a avidez do eixo de seu rosto voltado acima.

O desenho que se colava como ela por cima de uma imagem paisadoresca, tornava o fundo composto com a imagem, e seria talvez muito fino o véu de linhas que distinguia Mulher de cenário, ou Cenário de mulher.

A composição sujeita a escolha estava aberta, e a Mulher que mostrava era sábia e sublime, conhecedora de ventos e tempos, sagrados e debochados, nunca profanos, onde se esconde em olhos semi-abertos, a Senhora com Árvores que nascem de sua cabeça, ou a Senhora colada sobre as Árvores, que na totalidade visual lhe fariam um chapéu honroso e digno.

Pequenos homens sentavam-se sobre seu braço profético, e como distante sob longa perspectiva pareciam pequenos, eram intrusos, mas ao mesmo convidados a esta composição, onde o adorno da Dama era feito por árvores e pessoas de diversos tamanhos.

Sua Mão Profética e terrível sobreposta sobre o rapaz de blusa azul claro, é uma aterrorizante visão que toma em antebraço e mão conta de todo o corpo do rapaz se abrindo com dedos em garras sobrepostas a seu peito, podemos ver do pobre rapaz apenas o rosto tenso e os pés que aparecem abaixo do fino cotovelo da donzela.

Temos nessa imagem um que expresso meio Elfa meio Harpia em singela sintonia com um colorido social quase contemporâneo mas, não menos estético. No mundo dessa imagem não existe espaço vazio é tudo um cheio ou de céu, ou de árvore, ou de chão, ou de pessoas e pessoinhas, ou da lotado seja pelo espaço da imagem ou de seus ligeiros prolongamentos, da mulher que tanto citamos acima – a Rainha da Foto.

Em torno do centro da foto, temos a questão profética (sobre o qual acreditamos que contasse a Dama), representada pelo que acredito ser um skate, mas que o símbolo, o símbolo – esse é tão antigo quanto sagrado, estamos aqui falando de Vagina.

E o rapaz que a segura, que podemos chamar aqui de Portador do skate vagina, a segura, ignorante e ignorando as possibilidades que essa tem em liberdade simbólica de ser- A Vagina virando-se quase de costas a seu “portador” e mirando discreta a Rainha de nossa foto, entre sussurros telepáticos elas conversam e confessam...

O Portador corta parte do Garoto de dreads, onde a Juba compõe uma simpática brincadeira com a barba, e sob o corpo do colega esconde a primeira parte do focinho. Entre o Portador e o Rapaz de camiseta azul claro, quase pessoas existem compondo o espaço. Afinal o Nada é sempre um lugar a ser preenchido.

O que pertence ao fundo sendo o fundo cheio de gente, árvore ou chão livre, se compõe nossa cena 4 personagens em ação, cuja nossa foto – pausa estratégica demonstra: A Mulher que impõe sua Mão Profética, a Maior personagem da imagem, apesar da imagem existir não nos deixando ser capaz de vislumbrar o outro braço da moça. O Rapaz de blusa azul claro com o corpo dominado pelo braço/garras da Mulher. O Portador do Skate – Vagina. E o misterioso Garoto de dreads.

O fundo adorna e detalha os personagens principais, dando-nos o gosto da visão surrealista onde tudo compõe e é composto, e nada é posto de lado, até um indescritível ponto branco indefinido surge ao lado da perna do Garoto de dreads.

Um grupo de figurantes transformou-se em uma roda única adornando como Flor de Gente o gramado, enquanto a indefinição fecha a nossa visita a composição, com a personagem mais enigmática, enigmática por não ser personagem e não ser fundo, por não mostrar o rosto e ter intenção nítida de sair da imagem, pulando talvez para uma possível próxima foto.

Mayra Beleza Portela

domingo, 17 de outubro de 2010

Ele era um Mago...


Ele era um Mago... 

PORRA!!! Ele era um Mago, deveria ser capaz de fazer as pessoas ouvirem as vozes de seus corações, e tentarem ser livres novamente.
Mas, pelo menos hoje mesmo sendo a mesma Aradia, eu mantenho meus ideais altos, e por ser Maga os alcanço, por que o que eu sou e sei, hoje eu não vendo.









Saudade de Morto-Vivo

Poderia seguir em frente inspirando fundo

Tendo em mente o que hoje sou

Pelo que passei

Quem me amou

Quem eu amei

Mas, hoje quando o vejo, ou tudo o que ele significa

Meu desejo

Meu choro contido, envergonhado

De dizer “Te amo, Obrigado”.

A quem um dia me foi adorado

Duns primeiros versos ter me ensinado

Num mundo em que ser Deus é tão pouco

Eu o abraçaria, o abraçaria

Por tudo que significou, e que se significou

Inda significa.

Lembrando que um dia, linda menina

Desejei te agradar para agradar a mim mesma

Do que sou hoje

Um tanto se fez pela destreza

Daquele homem cruel que eu matei

Daquele homem cruel que tanto odiei quanto amei

Daquele chão imundo onde cegos lambem seus pés

Onde rastejam mendigas pessoas que sofrem

E eu só via em ti a ganância

Que um dia me enojou

E hoje entope-me as veias,

O nojo de saber que em tanto sou tua cria

Mas, por amar-me – te amo

Como não amaria.

Antes mais fácil seria,

Como fiz durante o tempo que pude

Me fingir de cega a tua grosseria

Hoje não posso,

E sozinha as vezes choro de saudade

De uma casa que nunca achei que perderia.

Quando hoje te procuro em pensamento sinto...

Um abraço bastaria

Um abraço bastaria

De quem um dia me foi luz, vida, alegria,

Pai e mestre

Amigo e chefe

Vergonha, Mentira, Ganância

E só.


Mayra Beleza Portela

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Gosma melancólica decadente



Lesada, como se meu coração estivesse tão disposto a parar de bater só um pouquinho...



Não por dor ou frustração, nem em decorrência da melancolia, é quase o sono do vinho...


É estar tão tão tão cansada dessa existência que traduz presença em tamanhas faltas.


O pouco que me serve é um mundo que me falta.


O mundo que possuo é o símbolo expresso do abrir mão do resto do mundo que não posso ter.


Parece que não fui talhada a essa realidade, parece que não fui feita, para ser escrava de mim mesma punitiva e dolorosa, sob o jugo de regras cruéis, de um mundo cruel.


Por um segundo sou capaz de perceber a conspiração... sim, eu sei... Todos todos eles, querem por que querem destruir a minha luz, arrancar minhas raízes doces, destruindo a menina.


Ninguém vai destruir minha menina, ela esta bem, em meus braços, ela precisa descansar, não importa o quanto tentem, os vulgos e escrotos infiltrados da Lei da Realidade em minha vida... aqueles que tentam, aqueles que querem que eu seja uma só, aqueles que querem que eu renegue minha arte em prol de uma vida vazia, fútil, profundamente triste, mas tão pseudo-feliz.


Sou feliz na minha forma infeliz de perceber minha vida, por que quando estou feliz – Sou Feliz, é intenso, é perfeito, é feito de prazer, de fruta, de céu azul, primavera, ou de noite clara, e lua brilhante, de amar e olhar estrelas.


Não estou disposta a abandonar meu espírito, a mercê de uma qualquer coisa que me mata, não vou abandonar meu espírito em uma esquina qualquer, e viver aqui, só aqui.


Sinto muito. Aqui não me basta, aqui é uma parcela tão pequena, tão vulgar de realidade, aqui, não compreende além, eu sempre gostei mais de além do que de aqui...


Quero fugir desse lugar, quero apenas o conforto, de brilhar e ser livre em segurança, sem que ninguém oprima, sem que ninguém me diga o que fazer ou não fazer, quero o prazer mudo, de não precisar dar satisfação, de não ter que...


Não quero ser “obrigada” por ditames a...


Eu preciso ser minimamente livre...


Quando sinto minha alma apenas espremida nesse corpo, e esse corpo não pode dançar, brincar, beijar e viver em sua força plena e doce, me vem o sono, e o cansaço de toda eternidade, e torno a odiar-me, por que de algum jeito em algum lugar, alguém diz... você não vai conseguir, você é fraca.


As vezes eu acredito nisso, o mundo me quer indefesa, o mundo quer me vender, e eu só estou sensivelmente abalada, com o Não, o mundo diz: Não.


O mundo diz – Segregada.


Tenho medo de culpar-me, peço desculpas, não sou A Mulher Ideal, até por que hoje me preocupo com o meu Ideal de Mulher, com a Mulher que eu sou.


Será de fato morrer em vida, mas antes fazê-lo do que perder a força que me faz amar a terra, o Sol das manhas, gosto da graça da vida, quando a vida, é, e dá de graça, quando a vida abunda estonteante seus frutos, e o Sol me é amigo doce...


Só quero viver...


Por que tenho que morrer todo dia? Por que minha vida se constrói hoje mais em morte que em vida?


Por que o mundo quer que eu seja o que não sou, por que os olhos me olham e sou só uma Doida.


Eu certamente gostaria de destruir estruturas, e começar toda essa porra de mundo do zero, ou pelo menos talvez se eu tivesse opção, eu não estaria aqui, esse lugar que não é meu.


Olho a minha volta. Esse lugar não é meu.


Aqui eu só estou morrendo, eu preferiria sentir a vida um milésimo que fosse mais perto de mim, a Vida com suas cores e graças brilhantes, a vida que um dia eu vivi, antes que o mundo me fizesse encarar, que estou morrendo.


Que estou aqui por que estou viva, e viva vou morrendo.


Não posso nada dizer que abarque minhas carências.


Eu queria que alguém me salvasse do abismo.






Ele virá???


Não quero esperar nada.


Já que não posso viver.


Deixe-me ao menos ...


Morrer em paz.


Desistam de mim


Espectros infantis


São só alucinações...


São só sementes,


Da vida que jaz...


Da chama fugas


Viver de tão morto desespero


Abandonar tudo que quero


Sonhos abortados


Meus olhos molhados


Minha carne crua de desejo


Meu pecado – Ambição


Só quero ninar meu peito em canção


Só queria deitar meu corpo sobre o seu corpo


Coração com Coração


Diz que me ama assim como sou...


Talvez eu acredite


O mundo nunca me aceitou


Não importa – eu tenho o mundo em mim mesma.


Eu sempre estarei comigo, em morte ou vida


Eu, minha amada, minha querida.


Ouçam...


As moiras tecem... tão fina da vida é a linha


Vou morrer Sozinha


Como tudo o que amei


Como tudo que realmente sei


Não tenho esperanças...


Ele não virá.


Não quero esperar nada.


Já que não posso viver.


Deixe-me ao menos ...


Morrer em paz.


http://www.youtube.com/watch?v=TXJpgqhWvNY 




ஆத்ரிழ் செம் னோமே
 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Gostar Revela: gostar e amar é SER

Suspiros Relacionantes - De mim...

"Eu gosto de ser mulher, sonhar, arder de amor desde que sou, uma menina..."

Gosto de ser sem precisar de rédea, freio ou limitação, por que gosto das coisas que exigem transações entre universos, gosto de tudo que me faz sentir viva e de verdade, gosto de estar apaixonada, e gosto e preciso amar a vida em tesão, pela mulher que sou e pela minha lei interna, corpo – alma – vida.



Gosto de sentir o vento no rosto, sussurrando idéias, enquanto ando pelas ruas que sempre ando, e a rua me acolhe.


Gosto de enxergar através das coisas, traduzir mundos, criar sem limites, dançar com paixão, viver de conversa maluca, brincar de falar muito sério.


Gosto de ser várias, e gosto que sejam vários comigo, por que gosto de descobrir Deuses em pessoas, por que sei que todos os olhos são lindos, e todas as almas tem luz, se muito inocente pensamento, não pense nisso, eu falho de uma centelha que vejo, de uma centelha que me faz acreditar em cada rosto.


Valeu a pena vive para te conhecer . Muita gente se vê, pouca gente se conhece, e não é preciso 10 anos, uma vida, para conhecer alguém alguém, isso é filosofia de gente covarde.


É preciso, um suspiro, um susto, um olhar de entrega, e pronto, o mundo do outro toma conta de nós, essa pessoa estará nas minha veias, para o resto da minha vida.


Gosto de conhecer as pessoas, e gosto que me conheçam.

Bondosa e Perigosa -  Sou mulher que goza - compreendo, me prendo, me liberto, me prendo - minha teia cíclima, rítmica e mútavel... em estase de vinho!
 Aquela Mulher

terça-feira, 5 de outubro de 2010

(Tão redondas são as horas tão inúteis e tão longas...)




É deveras importante ter carinho com as palavras, por que hoje sei o quanto machuco e sou machucada por elas, caso, me entendas agressiva, saiba que suportar dores tão fortes quanto antigas reside numa mulher sem pátria, que só tem ventre que sustenta corpo, e voz para cantar e contar histórias.

Certamente nunca houveram tempos melhores ou piores que estes, só houveram tempo, e a dor desses tempos é por vezes demais severa, e faz com que carreguemos em nossas capela-corpos-túmulos, o epitáfio de nós mesmos em rugas.

Não sei se tenho medo da morte, ou apenas a espero, e tanto o medo quando a espera jazem no fundo, no poço de mim, por vezes a força de calar, e apenas ver, despende uma energia tamanha... nunca foi minha escolha, é apenas uma questão de privar-me de mais uma situação de mal gosto, e intriga interna



MENDIGASAUDADE

Sou um ser de saudade,

minha saudade é um mar calmo,

profundo, frio, que invade

de azul escuro tão cruel quanto belo.

O mundo me impõe sua cela

Ao vê-lo me guardo a mim em capela

Tão bela a saudade

Saudade de tudo que não sou nesse instante

Saudade de tudo que não tenho nesse instante

Sou ser de falta e saudade resignada

Por que o tempo não abarca minha espera

Meu desejo é sempre Quimera

E tudo que sei que peço sempre peço demais

Por que sou feliz, tamanha a infelicidade do último momento

Meus amores não gratos

Meu grito silenciado

Minha voz em grave de ventre interiorizado

Saudade de um ser mulher livre que nunca fui

De viver fora de amarras – nunca vivi

De viver sem a pena melancolia que nunca morre

Mas escorre por meus olhos e por meus dias

Tal qual o orvalho se chora na folha

E jaz na terra pela manhã

Sou saudade

Sou doce de romã

E apenes reviver em verso em canto

Todo espanto

Diante o tempo de regras restritas

Que come a vida

Que me despede da menina e jaz

Nem morta nem viva

Me morra em mim sob paredes

Espremida, entalhada des em minha graça

A vida se esvai tão barata de graça

Sem abraço, ou consolo

Na dureza resignada

Meu choro meu coro

Minha oração

A saudade desbravada na vida sem opção

De destroços que se entalam em garganta

Corte exato, em jugular sublime

A vida mata

Por que a vida que se vive não esta contida

A vida que se vive esta nas entrelinhas

Esta no verso disperso da menina

Esta na rima e no ritmo dos ciclos

De aproveitar, e colher sabedoria

Não de ser sabotada por si mesma agonia

Se canto hoje em lamento

É por que sou só em sentimento

E a vida me fez sensível aos dizeres de minha morte.

E hoje me resta a Saudade

Saudade – minha única sorte.
 


Mendiga Saudade (Revolução das Rosas - Aquela Mulher)




segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PALHAÇADA ELEITORAL

A "Cidadania" é uma das maiores ilusões já inventadas.



Preciso dizer que estou essencialmente REVOLTADA.



Com a ditatorial constante que me obriga a entrar em contato com uma leitura de realidade da qual não participo, e que faz questão de estuprar-me por mera menção.


Quero que se foda – Eleições?


Filho não faça piadas, não me peça para lutar ou trabalhar por uma pátria de quem não sou filha, ao que lembro, fui sempre negada, fui sempre negada segregada a grupos menores, por que o que se diz nesse lugar, não fala de mim, não é para mim, e nem o protesto é feito em meu nome.


Como posso lutar, ou brigar por um algo que diretamente não me diz respeito, pois não me respeita, enquanto este for o sistema vigente, e enquanto o conteúdo, dos dizeres for tamanho deplorável, estou fora. Não não vou compactuar com tamanha imundice, que transforma pessoas complexas, em números de votos em urnas, que de fato não mudaram nada. Eu mal tenho em quem acreditar, estou só em minha visão, de novo, nada abarca minhas questões, por que elas não são e não podem ser resolvidas no campo da política e da militância.


Os campos que penso e que trato, tem muito mais haver com Psicanálise, e mesmo assim, acho que sou muito nova, para chegar próxima do entendimento de questões tão complexas, mas, sei que o que me incomoda, e tecido por detrás do manifesto, sem dúvida são comportamentos padrão latentes, controlados, por restrições e tabus tão antigos quanto presentes... por isso é tão deplorável.


Ver seres humanos se debatendo para transformar um algo, que não será transformado, devido a antiguidade da origem do principio, a estrutura fundamental social, é a mesma generalização individual dessas premissas, enquanto essas premissas na qual se fundem as paredes da cultura, forem as ditadoras de nossa ordenação psíquica, lutaremos como animais selvagens inúteis por um pedaço de carne, ou por vantagens, vantagens por vezes vindas de uma nobre luta estilo Robin hood socialista – Tirar dos ricos para dar aos pobres.


Lindo! Nobressíssimo! Mas, não é assim que funciona, a AUTORIDADE, esta fundamentada em nossa psique, a partir do tabu primordial: temos ao mesmo um Amor divino ao “governante”, que em tese deveria nos salvar e suprir, quanto ódio por seus benefícios, essa dicotomia sentimental, é o que constitui uma autoridade. A autoridade sempre tem e terá benefícios, e o quanto mais próximo você estiver da Autoridade, maior será o seu benefício, até que ao pequeno, um presidente parece um Deus.


Patético, mas, podemos pensar então numa troca, por que não? Se temos um governante malvado, vamos trocar por um governante bonzinho!


Isso é tão e tão pequeno diante de uma possibilidade real de mudança de estrutura que trabalhar com personagens carismáticos e bonzinhos na política, me parece QUASE engraçado, enquanto somos todos obrigados a entrar num esquema Ditatorial escroto, que ME OBRIGA a votar e trabalhar nas Eleições.


Enquanto o sistema novamente me faz de prostituta, eu devo aceitar e ter medo de punições, é isso que se espera do povo uma burrice incondicional, e a carência plena que coloca qualquer imbecil na posição de Deus, trabalhando com um sensacionalismo barato e deplorável, o ESTUPRO PSICOLÓGICO feito por toda mídia.


Eu estou perturbadíssima com o tema ELEIÇÕES 2010 – DILMA, LULA, SERRA, ALCKMIN, MERCADANTE, todos alegorias vazias de sentido e possibilidades verdadeiras, apenas passos diferentes em direções a liberdades vigiadas diferenciadas.


ESTOU PENSANDO EM ALEGAR INSANIDADE, não sou uma cidadã, não generalize meus “direitos”, enquanto verdadeiramente não tenho direito nenhum como indivíduo, olha que sucesso – Querem que eu seja cidadã antes de ser um indivíduo.


VÃO TODOS A MERDA!


                                                                     


                                                                                                   Mayra Portela Mendes

domingo, 3 de outubro de 2010

VERMELHO ENTRE PAREDES

Escuro o verso de mim mesma,minhas palavras são minhas sentenças sentidas, minhas sentenças... aquelas que ecoam sombrias na minha cabeça.

Eu não sei dizer quanto tempo eu agüentaria viver, me sentindo assassina de mim, me sentindo, maldita vazia, e oca. Oca, tudo é apenas uma falta de carinho com palavras, uma falta de sensibilidade em escudos, da vida concreta, que destrói os meus sonhos de menina em luar.

Provavelmente, antes que eu durma, me virão os fantasmas, meus demônios, e meus heróis e quando todos, juntos cantarem graves e potentes, a minha sentença é a minha dor sinfônica, minha poesia prosa melancolia, minha hora angustiante, meu espaço sem instante, minha dança consoante – Meu Diamante.... tão puro, tão branco – VERMELHO

Meu instinto, carregado a pesadelo, onde a delicia, das mãos macias, das mãos pequenininhas, é um fardo, é um medo. Mentirosa perseguição.

Mentirosa, como a mulher que acredita piamente em Deus, ou em seu próprio pesadelo, e não, sei se...

Quando choro, choro por mim

Ou se quando choro, oro por ti

Para que amanhã, ninguém mais sinta essa dor

Para que amanhã, minha alma se encha novamente

Com meu amor

Com meu calor

Não sei se...

Quando corro, corro para mim

Ou se quando corro, morro por ti

Morro por ti...

Eu quero me afogar nas águas torpes de mim mesma, nesses rios infernais e malditos, para sentir tudo que me renove, e injete, dentro de mim, um algo... uma droga filosófica qualquer, que me liberte da maldade de meus próprios pensamentos.

É um cinza existencial, que se salva, pelos poucos tons de azul escuro.

Meu Amor, Minha taça esta vazia...

Onde estarão, as frutas doces e as brincadeiras de casinha?

Por que Deus?

Na minha vida tudo que Amei, Amei sozinha.

E dessa vez, ah passou tão perto

Quantas são as formas de não encerrar-se sozinha diante de um mundo usurpador, duro, insensível...

Tão tão rude, ontem eu era uma Rosa branca, manchada de vermelho, maculada por uma faca que rasga pétalas que sangram, fui filha de uma Lua Vermelha cortada em fatias e servida como pizza, toalha vermelha, dia de Agradecer! Meu Amor... o jantar esta pronto?

Como podemos viver, para esperar a vida que nos corre nos mate.

Ela nos mate.ASSASSINA!

Ela esta correndo atrás de você... ela quer destruir toda a sua pureza e os seus sonhos, ela vai transformar-te, em algo tão diferente de como você era quando você nasceu, e você será uma árvore sem raízes, mal se lembrará... Já faz tempo que o Dinheiro comprou a Dona Morte, ela nos mata, para seu lucro, e para o lucro do Sistema de Realidade.

As meninas dançam com seus vestidos brancos manchados de vermelho.

Um vermelho de mãe, é belo o escarlate sanguíneo e inebriante de fertilidade, mas o mesmo vermelho, é o vermelho da carne que arde, do corte que sangre, feito um açougue interno emocional... agride.

Nosso branco que já nasce tão sem esperança esta repleto de sonhos que não se realizar.

Quando olhei as crianças: eu vi...

Crianças de Lua, corriam pelo gramado, com mãos de abraço, meu homem me abraçava... tudo estaria bem, se o acaso escravo da morte, não fizesse parte da conspiração, contra a felicidade, que travavam Demônios, contra os odes da terra.

Meu sonho, arremessado, a um algum dia, evacuo minha alma, enchendo-a do mesmo vermelho, maldito vermelho.

Vermelho que não me pertence.

Quero os braços, contornando minha cintura, quero o cafuné o beijo Dele, para que ele me prometa que nunca mais eu vou sentir desse jeito, que me virão, frutas, flores, danças, luas e sóis, que de seus braços eu arranque a paz...

Que a paz dele acalme o mar revolto vermelho dentro de mim.

Algum dia... (deveria ser considerado o termo mais mentiroso existente)...

Mas, Algum dia – não sei em que tempo, ou lugar, eu vou sentir, e vou deixar crescer, respirando bela, as flores da Primavera que te criaram, e se eu tiver medo, você me segura, eu te seguro, a gente pode falar de umas coisas de uns dias que virão onde as coisas vão ser bem melhores...

Meu sonho nascerá... de um beijo, na Noite certa de Primavera...



Mayra Beleza Portela

Epitaph - King Crimson