Bem Vindo às Minhas Insanidades!!!

Estou consciente de algo em mim: Dê-me papel e caneta, e terei a honra de lhe reapresentar o mundo, através de minhas lentes, com um pensamento feminino ativo que vê o mito e a magia como algo certo e empírico, e que de vez em quando chupa as bolas do Deus Ciência.

Dentro de uma só Mulher, moram várias mulheres. Essas mulheres dialogam entre si, em busca de sua unidade e sobrevivência.

Quero falar sobre Essas mulheres (e não só as minhas personas) mas, as outras mulheres no mundo, enfrentando, ou se sujeitando a Lei Deles.

Quero falar de como podemos tornar o mundo um pouco mais Delas...

Quero contar e cantar a Arte D'Aquelas Mulheres: Bruxas, Magas, Feiticeiras, Fadas, Cortesãs, Esposas, Mendigas, Drogadas, Artistas, Bailarinas, Filhas, Mães e Avós...

Nesse mundo Eva é aceita porém subjugada, e Lilith... rsrsrs

Eles tentam calar, amordaçam nossas Liliths, é hora de lutar por nosso direito ao prazer e a magia de ser Mulher.

Eu sou uma Guerreira de Lilith!!! E nós Somos Muitas!!!

Aquela Mulher

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Voltei...



Vivo um dia como eternidade

E brindo a morte

Lembrando saudade

Não posso mais contra tudo que devo

Distante me calo

Degelo

Esqueço

Hora talvez adormeço

Não vou mais mentir sobre nós dois

Deixei na caixa

No fundo de mim

Para nunca mais e nem depois

...

 
Com minhas mãos de fêmea

Com minhas mãos de santa

Com minhas mãos de bruxa

Que pintaram os sonhos da artista

Hoje escreve o destino da romancista

Ou mesmo poeta, até meretriz!

Sou antes mãe destes mesmos versos que eu fiz!


 


E derepente

Minha vida tão mais patética e condicionada vida

Vida vivida tão como pelos outros é vivida

Perdida do Sol

Perdi-me do centro

Ego dissociado

Embreagado

Dopado

Entorpecido

Ei?

Que que você esta falando?

...

Bom, respira

Inspira

Meu centro

Agora aonde esta o meu centro?

Esqueceram, escondi, esqueci de me contar?

Aonde eu fui parar?

Era aqui que eu estava, e quando voltei

Já era morte por todo lado

Também só voltei pela vida que trazia.



Responsabilizo-me pela liberdade que possui ao fazer minha escolha, abdiquei.

Perdi, e a não aceitação é a prisão da neurose que me abandona em solidão múltipla, esses seres são os fantasmas, fantasmas complexos feito a figura de tudo aquilo que escorreu vergonhoso pelas tuas veias energéticas – era tão intenso em ti, que a ti não mais pertencia. Liberta tua arte, e pari tua neurose.

Arte e neurose, cara e coroa, disposições perfeitamente cíclicas, ao passo que hoje choro por dentro sorrio o poder de minhas lágrimas, cada uma a independência dourado-feminina, pouco importam que digam os troxas. Meus olhos são milhões de galáxias, e meu ventre criou o mundo, e o sagrado jamais abandona por que vem da faísca perfeita e sagrada, única individual e perfeita. O lugar onde residem as marcas do pré universo constelado.

Meu destino poderá assim ser traçado?
Poderá e será por mim traçado.
Como antes foi por mim quebrado.
O preço da liberdade é a responsabilidade que escraviza os que vivem livres.
Escravizada pela falta, aprendi a cuidar das minhas próprias dores, e como quem ressurge, como quem renasce, não encontrei o sentido por minha nova vida esperado.
Encontraria-o dentro dos olhos no qual busco o que mais desejo, olhos desconhecidos, olhos de nova estrada, olhos de quem leva do inferno aos céus, falo como se conhecesse, por que conheço tanto sobre um mesmo sonho.
Encontrarei meu sentido quando cruzada eu for por um presente, quando alegrada eu for dessas dores, quando puder viver pelo sentido que sempre esperei.
Esqueço por hora delírios, esqueço pensamentos dentro das lagrimas cansadas, esqueço da dor arrancando-a do peito, já nao aguento a escuridão.
Posso estar doida por enxergar de mais de olhos fechados.
Impulsiva por me entregar de verdade.
Cansei de viver por com e cheia de saudade... deixo ir... e metade de mim trabalha por deixar ir
Para que o novo venha incendiante. São só os grandes ciclos. Vida - Morte - Vida.
....

Calma!!!! Calma!!!!
Para onde você esta indo?
Qualquer lugar que não tenha paredes para conter minha voz
Onde não haja força que impessa minha raiva de ser
Não quero voltar logo. Quero viver um momento eterno num outro lugar.
Quero escapar daqui, tampouco posso fazer planos.
As ervas daninhas da frigidez sentimental estão cobrindo meu corpo.
Vou me livrar das ervas daninhas. Abraçar minha filha.
E buscar do fundo de mim energia suficiente para derrubar a ordem cósmica.
Até achar minhas saidas.
Sem traidores ilesos, e de mãos limpas.
A estrela retornará.
Calma diz a Lua, calma....


Mayra Beleza Portela