Bem Vindo às Minhas Insanidades!!!

Estou consciente de algo em mim: Dê-me papel e caneta, e terei a honra de lhe reapresentar o mundo, através de minhas lentes, com um pensamento feminino ativo que vê o mito e a magia como algo certo e empírico, e que de vez em quando chupa as bolas do Deus Ciência.

Dentro de uma só Mulher, moram várias mulheres. Essas mulheres dialogam entre si, em busca de sua unidade e sobrevivência.

Quero falar sobre Essas mulheres (e não só as minhas personas) mas, as outras mulheres no mundo, enfrentando, ou se sujeitando a Lei Deles.

Quero falar de como podemos tornar o mundo um pouco mais Delas...

Quero contar e cantar a Arte D'Aquelas Mulheres: Bruxas, Magas, Feiticeiras, Fadas, Cortesãs, Esposas, Mendigas, Drogadas, Artistas, Bailarinas, Filhas, Mães e Avós...

Nesse mundo Eva é aceita porém subjugada, e Lilith... rsrsrs

Eles tentam calar, amordaçam nossas Liliths, é hora de lutar por nosso direito ao prazer e a magia de ser Mulher.

Eu sou uma Guerreira de Lilith!!! E nós Somos Muitas!!!

Aquela Mulher

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Paixão: Coisa de gente sem vergonha

De estar apaixonada:

Estar apaixonado é coisa de gente sem vergonha, coisa de gente corajosa!

Vergonha = Estar morrendo de vontade de fazer alguma coisa, mas ter medo do que vão pensar caso você o faça.

A paixão acabada com a vergonha, a paixão é um campo neutro de tons sensualizantes gostosos onde se exerce a sem vergonhice que faz da vidade tão deliciosa e fresca.
Gente apaixonada é gente boba por natureza, por que paixão verdadeira verdadeira, torna jovem e criança o velho, torna com graça e engraçado tudo que existe, torna o mundo um lugar delicioso de se viver.

Gente que não enxerga o mundo, e se não enxerga não liga, e se enxerga não liga, e se enxerga da risada!

Dá vontade e me pego rindo sozinha, boba e completamente menina, por que estar apaixonado, é algo que te torna divinamente criança, é algo que acorda todo o corpo e o torna febril, e é algo que faz ter vontade de chorar de emoção e saudade.

Eu estou apaixonada, ainda tão apaixonada que falta energia para pensar, pois esse estar apaixonada me cega e inebria e tudo tudo que sinto e penso, existe no mundo através do que me vem dele, e tudo o que ele significa para mim.

Ele significa antes de tudo Vitória, por que me encontrei em mim, e toda vez que nos encontramos e nos tornamos verdadeiramente nossos, é a hora certa de perder-se, perdi-me deliciosamente perdi-me, em seus braços fortes, em seus beijos macios, em seu cheiro, em seu todo de amor que me alucina.

Eu penso nele, eu penso, em Amor, Tesão, Arte e Futuro.

Futuro, estar em seus braços é paz, por que é a certeza de que a vida me é boa, e a certeza de que posso realizar todos os meus sonhos, ao lado dele, ao lado do meu homem, toda arte e expressão é pura, por que ele é o meu companheiro, por que Ele conquistou tudo o que havia para ser conquistado.

Eu sou feliz de novo, com sonhos com sonhos simples e comuns, mas que não me negam jamais os grandes, é que perto dele, não sinto medo de sonhar, por que perto dele Eu posso tudo.

Voltamos para casa, somos felizes à essa hora e agora, não que a casa seja a mesma, não mesmo, na verdade eu a sinto mais bonita, minha casa, minha vida colorida por Amor e carinhos só nossos,de prazeres e ais, que só ele sabe como tocar.

Só ele sabe como me tocar, só ele sabe os meus segredos, e achando que eu ensinava, mesmo eu tendo mudado, meu amor os descobriu de novo...

Ele sempre soube tirar música de qualquer coisa, e comigo eu nova, entregue a meus olhos e beijos, derramou-se em amores-carícia, onde ele descobriu de novo os acordes e segredos, e dessa vez sozinho, e dessa vez inteiro, num algo tão simples verdadeiro, um algo que eu nunca senti desse jeito.

Agora éramos só nós dois, um plano, num só desejo, éramos só nós, vivendo tontos e bobos no mundo mas, de dentro, somos só nós, por que já fomos tão nós mesmos, por que carregamos nossas sinas, de vidas vazias, e personalidades tão cheias, nossas vidas agora são de paz e são doces... dá saudade, e não é de passado, é saudade de Futuro!!!

Por que de certo anseio e sei dentro que será feliz, sei por que sei, por que sei, amo e apaixonada por ele sou inteira, inteira em mim, perdida nele, deliciosamente perdida de amor nele, consagrada em paixão, e sedenta pelo lindo, que amo.

E por Amá-lo tanto escreveria um milhão de poesias no céu com suspiros, por que o amo tanto, que seus olhos tornam tudo que fitam doces com seu com mel.

E por Amá-lo tanto eu sou feliz por ser entregue e por tê-lo entregue: estou contando segundos para ter meu amado comigo, por que eu quero rir de mim, e ficar com cara de boba, passar uma semana tonta, ou morrer de tesão pelo jeito que ele me abraça, e move os lábios, ou simplesmente por que ele existe e é Lindo, tão lindo ele é...

Eu o quero a todo segundo, todo... Paixão...

Pois é, estar apaixonado é coisa de gente sem vergonha...


Dedicado a André, meu namorado, meu companheiro, meu amor...

Aquela Mulher - Mayra Beleza Portela

domingo, 15 de agosto de 2010

SUPERAÇÃO

DAS COISAS QUE EU APRENDI


Aprendi que eu aprendo muito rápido, pois, mesmo tendo medo eu arrisco.

Não que eu não conheça os perigos da vida - alguns conheço mais até do que gostaria, talvez os conhecendo menos, restasse mais do brilho de pureza das meninas em meus olhos.

Não que eu não tenha medo de sofrer – é que o sofrer, o morrer de angústia, sublimado à minha arte, a torna mais forte, me torna mais orgulhosa de minha história, e me torna mais Senhora dessas histórias, pois eu não conto só do que ouvi ou li, posso contar de cada centímetro da vida gravada em meu corpo como ferida e hoje honrosa cicatriz.

São as marcas da minha guerra.

Sabe por que eu arrisco???

Por que quem ama o prazer, ama a busca pelo prazer, e cada deleite e cada alegria vale mesmo que por um só dia, a dor de uma ferida aberta por anos. Eu seria mesquinha se me limitasse com frases bobas e vulgares, de gente medíocre que tem medo de viver e de gozar a vida no que realmente se sabe dela – meu tempo é o hoje e meu tempo é agora.

Já tentei ser de outros jeitos, e fui infeliz por negar a minha verdadeira Vontade de viver, não quero e não vou ter uma vida daquelas histórias que se houve em um papo vulgar em qualquer esquina.

Nós vivemos para tornarmo-nos conscientes de nossa loucura, e dessa forma da loucura fazer berço e dela descobrir o Deus que se esconde atrás das amarras sociais, das restrições, das cobranças e de tanta bosta a qual nos sujeitamos para tentar sobreviver, para tentar viver da forma mais segura.

Eu me dou o direito, de Arriscar morrendo de medo, de Errar um milhão de vezes se for preciso, de Acertar no que eu conseguir acertar, de Amar intensa sem limitação ou contrato, de ser Acelerada, por que se o sou e por que eu quero aprender o máximo nesse curto espaço de tempo (laboratório) que me foi destinado nesse mundo cheio de coisas feias mas, ainda sim tão bonito.

Eu sinceramente espero ser a cada dia uma mulher mais rica em mim mesma, uma mulher mais conhecedora de si, que grita o que quer, que busca prazer não se importando com julgamentos.

Estou aprendendo a me defender dos tramites de mim mesma.

Aprendi que amo os que amo, e que devo a eles carinho e lealdade eterna, por serem as pessoas bonitas do mundo, e que por estes existirem eu tenho força para lutar pela minha felicidade e pela deles.

As vezes é preciso ficar só por que as coisas devem mudar.

E eu descobri que eu tenho muito medo que as coisas nunca mudem, que eu tenho medo de ser sempre a mesma, que eu tenho medo de viver sem paixão, que eu tenho medo de ser tão independente a ponto de machucar os que amo, e que eu tenho medo de ser tão dependente a ponto de sufocar os que amo.

Aprendi que eu tenho medo de algum dia ter que viver de mentira, de que algum dia eu tenha que usar uma mascara, aprendi que eu tenho medo de ficar sozinha pois, tenho carências e sou muito sensível, romântica e sonhadora, aprendi também que tenho muito medo de ter que ser sempre junto, pois, eu amo o meu jeito de poder ser livre.

Aprendi que eu não devo ter medo de sonhar e quebrar a cara.

Aprendi que não tenho tudo que quero na hora que quero, e ainda bem, se não a vida seria tão chata.

Aprendi que a verdadeira Magia é uma outra coisa diferente de tudo que imaginava, e tive de chegar a tal ponto que minha conclusão depois de anos e anos de estudo e pratica, foi a mesma do começo... rsrs

Primeiro não teorizei só senti e vivi, achava estranho as pessoas procurarem magia para conseguir as coisas, a magia era algo que se carregava no peito, e os rituais eram só uma forma de celebrar o amor e a vida.

Depois transformei esse crer em mito, a Deusa tornou-se soberana a mim e santa, e busquei entende-la com toda a força de minha alma, repudiando com asco toda a forma de culto patriarcal.

Depois descobri que a magia, era algo que acontece na vida de todos nós, e que eu devia subordiná-la a mim, entender seus tramites e leis, e usurpá-los a meu favor, afim de conquistar meus vulgares quereres, a magia não era mais celebrar, era Ego, era possuir, mas mesmo a vendo assim eu a amava e celebrava, dedicaria minha vida a ela.

Depois, meu Ego cresceu demais, consegui coisas demais, possui o que quis, subordinei seres, criei métodos e sistemas, me limitei a eles, ensinei a muitos o que sabia, mas eu sempre queria saber mais e ter mais poder. E acreditei que estudar, e criar, e gerar padrões funcionais era trabalhar em prol da sagrada magia.

Quase morri por me deixar seduzir em primeira instancia por mim mesma e pela corrupção de minha essência, pela perda da inocência, e por perder minha inocência e minha pureza perdi minha maior defesa, e fui brutalmente ferida e atacada.

Tive medo de mim mesma, tive medo do meu poder de auto-destruição, tive medo de passar por isso de novo, e perdi o rumo, mas não a fé. Eu sabia que havia um sentido para que tudo fosse assim, eu sabia que minha magia me defende, e não faria nada contra mim mesma.

Decidi lutar pelo meu sonho, decidi lutar pela magia, tive fé apenas em mim, pois eu era o que me restou, encontrei os meus, dediquei-me a eles, amei-os e amo, com toda minha força, lutei por meus ideais, descobri sistemas e coisas indizíveis aos que não o viveram, dei tudo de mim.. mas, sobrou tão pouco para mim.

Fui aceita e respeitada por céu e inferno e por todos os cantos.

Mas, algo faltava, algo me matava lento veneno, eu havia conquistado tudo que queria, e quando devia estar feliz... fui infeliz, esqueci do que quem eu era no começo, fui tomada de Egos e de objetivos demais, de relações que por mais amor que houvesse me faziam escrava de mim.

Não pude agüentar, um dia prometi a mim mesma que nunca me trairia e a uma grande mulher que passou na minha vida a iluminá-la que eu jamais perderia minha exuberância.

Eis que morri em vida, me deixei perder tudo, até meu equilíbrio, minhas relações mais estáveis, minha identidade, minhas certezas, mas me restava intacta a fé na magia, e agora eu nada nada sabia dela, e tudo que eu conhecia não valia de nada, eu só sabia que era ela a força do meu renascer, e o único porto seguro.

Nunca fui tão feliz e infeliz ao mesmo tempo, ao mesmo tempo mesmo, e por diversas vezes quase desacreditei, mas quase...

Só quase, pois é impossível desacreditar de algo que se carrega no peito, no sangue, esta no ar que se respira e seus rituais são só uma forma de celebrar o amor e a vida.

Aprendi que nasci certa e sábia em muitas coisas e que fiz questão de tornar-me burra julgando-me sábia...rsrs

Aprendi que as grandes questões da minha vida, foram formuladas quando eu tinha menos de 11 anos, e que estas são as questões que verdadeiramente me importam.



Todas as coisas falam comigo, por que as pessoas dizem e acham que só as pessoas falam? E se as coisas só falam numa outra língua e as pessoas que são burras e não entendem?



Todo mundo que nasceu nesse planeta é mesmo desse planeta? Eu não sou desse planeta, por que eu não posso ser um ET?



Por que as pessoas acreditam em uma coisa quando são crianças, e quando adultas deixam de acreditar?



Por que as pessoas não aceitam as pessoas como são e mandam elas serem de outro jeito?



Para onde a gente vai quando a gente sonha?



Se os meninos se masturbam por que as meninas não se masturbam? Seria muito injusto de só os meninos pudessem se masturbar, deve ter algum jeito das meninas fazerem isso, por que ninguém conta para gente?



Por que os meninos tem revista de mulher pelada e as meninas não tem de homem pelado?



Por que para ser bonita eu tenho que ser que nem essas meninas?



Por que as pessoas rezam para um Deus triste e sangrento numa cruz?





É ... a gente nasce tão sábio, quanto um velho que morre. Ora mais.


 

  Aquela Mulher                                                                                               

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Somente um poema

Zumbi


A agonia muda



Sentimento estéril


Guardado em peito,


Berço, ventre...


Jaz vivo em cemitério


Entre gemidos


Entre choros e ais


A menina que chora


A mulher que quer paz


São só mãos sem carinho


São só versos vazios


Num caminho sozinho


Morto vivo arrepio


Nestas horas malditas


Meus amores são frios


Me sinto morta-viva


E tão humana


Sem paixão, cheia de dor


Uma moça que só reclama


Sem amor de rapaz


Sem prazer verdadeiro


Saudade de um amor derradeiro


Que nunca se sabe


E jaz...


Como foi?


Como veio?


Vou agora voltar sem delírios


A vida de livros e livros


Sem rosa, poema, ou cetim


Morrer nas letras


Para esquecer...


O que morre vivo dentro de mim...


Aquela Mulher



terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brotamento imotivado do mundo?

“De tanto ser só tenho alma” – Fernando Pessoa


De tanto ser me perco em mim...

Ontem eu era o brotamento imotivado do mundo! Será que hoje ainda sou? Será que eu sei que caralho é a brotamento imotivado do mundo? Sei lá... a gente tenta...



Me procuro, como uma criança que procura desesperadamente poder dizer o “Eu”, sinto-me cheia de mim e perdida no mundo, me sinto tão segura de mim e grande, que o existir no mundo torna-me pequena.


Realmente cada vez mais eu vejo na fenomenologia não uma opção, mas, um fato (ver na fenomenologia um fato que piadinha ridícula rsrs), eu realmente penso o mundo sobre um viés muito próximo a esta filosofia, realmente não existo longe do mundo, por isso as coisas do mundo me são tão preciosas...


Me enxergo através da manifestação que tenho junto ao mundo, junto aos outros, e quando estou junto, e quando sou junto sou (ser-aí), é mágico e aterrorizante saber que não existe distancia, e juro não existe mesmo, entre mundo interno ou externo, eles são junto, e o que sustenta e um metafísico ser de dentro.


Acordo, apressada, ligo o som, Beatles quando acordo de mau humor, Pink floyd, quando acordo reflexiva, ou Jethro Tull quando acordo egocêntrica, hoje foi Beatles rsrs.


Acendo um cigarro, olho meus e-mails, fumo o primeiro e delicioso cigarro do dia, e penso: Mais um dia de PUC, mais um dia para me lembrar de tudo o que eu sei, um tão pequeno saber diante de tudo que eu posso (e se posso logo deveria saber).


Tomo banho, tento relaxar a cabeça, me dar um pouco de carinho, e tão difícil ser solteira, quando se viveu uma vida de longos namoros... parece que meu corpo pede atenção, pede carinho, olhares, beijos e carinhos de verdade, eu sinto triste a busca do meu corpo pela água quente, como se essa pudesse me oferecer o afeto e prazer, que meu corpo pede e chora.


Saio do banho, olho no espelho: Que mulher eu sou hoje? Qual de todas vocês se manifesta hoje? – Assumo.


Me arrumo, com muito prazer, num espaço que é só meu, e busco sentir-me linda, o que não é difícil, por que afinal de contas, Eu me dou, e preciso, e hoje por muitas vezes consigo bastar-me, e me amo sim, tal qual um homem apaixonado ama uma mulher, me cuido para mim e por mim, no caso de hoje ouvindo Beatles, o Abey Road no caso.


E além da música ouço os gritos histéricos da minha mãe: _MAAAAAAAAAAAAAAAAAAYRAAAAAAAAAAA VOCÊ CADA VEZ DEMORA MAIS PARA SE ARRUMAR! QUE ABSURDOOOO! VAI SE ATRAZAR PARA A FACULDADE!!!! TAMBÉM FICA ATÉ TARDE ACORDADA, VAI ACABAR TENDO UM TROÇO!!!!!!!!!!!


Tah, ok... eu sei que eu abuso, mas essa hora é só minha, e são poucas as horas que tenho para mim, tão poucas, e eu me preciso muito, eu preciso de muita atenção.


Almoço, conversando com minha mãe... amenidades...


Detesto amenidades, mas, minha mãe sabe de mim, e me interpreta através delas, da minha existência, da minha respiração, é impressionante o quanto ela é sempre a bruxa má ou a fada madrinha, mas ela nunca é uma mera mortal, minha mãe é uma mulher muito poderosa, eu também sou, e carrego esse fardo assim como ela, mas, ela pelo menos teve a sorte de encontrar meu pai cedo, e ele a ajudou a carregar sua personalidade, e eu não, eu sou sozinha, e não tenho ninguém para me ajudar a carregar a minha, e por mais que eu queira não sei se sei dividir esse peso, tornei-me tão amarga.


Saio de casa vou para PUC, mais um dia, na minha amada Pontifícia, eu realmente Amo a PUC e amo a Psicologia, cada dia mais, a cada segundo a Psicologia entra em mim, como um veneno lento em minhas veias, ela me transforma, ela transborda em mim, e de mim, por que é tão natural pensar assim... pensar essas questões, lidar com o outro.


 As questões da psicologia me tocam, fazem parte de mim, é como se ao lidar com o outro, só existisse o outro e o outro e todas as suas possibilidades de ser, eu me dissolvo no outro, me torno o outro, enxergo com seus olhos... Deus! Que saudade da Quirologia! De quando eu trabalhava atendendo gente! Sabendo de ser humano, tocando, vivendo com eles cada angustia da alma.


E nessa dor não existia EU eu sofria como se EU fosse o Outro, nada tinha de meu nessa dor, era um conhecimento divino, mas, esse trabalho custava-me muito caro, mas, sei que logo mais, mas, já na Psicologia, vou voltar a vivenciar a terapia, a consulta, o outro, como o outro.


No caminho à faculdade vejo através das janelas, de ônibus ou carro, o mundo das cores que passam com formas disformes, e me sinto em uma saga heróica, uma Argonauta, em busca do Velocino de ouro, eu vejo a vida que passa por meus olhos, tenho medo de não ter feito o melhor de mim, em cada minuto que morre em mim, e tenho culpa, não quero jamais pensar, que fui/sou um desperdício, eu não agüentaria pensar que posso morrer com uma vida medíocre sendo uma pessoa medíocre...


Quero viver as mais loucas histórias! Minha mitologia contemporânea!


Porra Eu sou Aquela Mulher! Tem muita coisa aqui dentro! Quero poder me expressar livremente! Quero ser todas as possibilidades de ser aqui dentro! Por que minha alma é grande demais para estar limitada a essa condição humana de plena fragilidade, por nada. Deve haver algum lucro, existir é caro, deve haver lucro. Bom, pelo menos um é garantido: a Sabedoria (Sophia), somatória de phronesis (prudência) e logos (conhecimento).


Para mim se só vou levar daqui conhecimento (partindo da premissa de aqui só se morre o corpo), para mim, já é motivo suficiente para Viver, e curtir a humanidade, e suas proezas e prazeres, uma pena, que eu não saiba conciliar muito bem as coisas... rsrsrs


Chego na PUC, agradeço a Deusa e a Deus por ser quem eu sou, e peço forças para continuar sendo ...


Acendo outro cigarro... vejo meus amigos... estar aqui vale tão mais a pena, as vezes nem me sinto sozinha... rsrs


Agora é ir para aula...


Me cobrar por todas os livros que não li, por todas as coisas que eu não vivi.


Sou uma boba mesmo, nunca vi tanto Amor e tanto Desamor assim na mesma criatura, sou doida mesmo, me elogio o mesmo tanto que me critico, por que mesmo quando SOU, me obrigo a ser mais, e ser já me é tão desgastado.


Uma mulher insatisfeita, e insaciável. Nem Eu me agüento. Eu sou sempre muito... Sempre demais... Que saco!


E ainda tenho essa necessidade ridícula e narcísica de ficar falando de mim mesma, me estudando, eu me busco, e sei que não vou encontrar...


Por Deus, eu quero Amar, para esquecer de mim, quero deixar um pouco de ser, me preocupo tanto comigo mesma, que talvez tenha me tornado amarga, ou dura, forte ou fraca demais para amar e para não amar...


Sobre as coisas do coração EU NÃO SEI, mas, juro que não saber por vezes me é uma BENÇÃO DELICIOSA, eu queria deixar de saber das coisas...


 Quando digo: EU NÃO SEI. É delicioso, é nessa hora que posso tudo!


Não confundam meu “saber das coisas” como verdade, de verdades eu não sei nada, mas, sei o que quero das coisas e o que vejo.


Quando digo que das coisas do coração EU NÃO SEI é só por que não sei sobre isso definitivamente, sei lá...


A noite estarei carente, terei dificuldade de dormir, sentirei falta da voz de homem falando a me ninar...


FODA-SE que ridículo sentir...


Leio Sartre... e finjo que sou “durona”. Rsrsrsrsrs


Me chicoteio e me beijo... por aqui xuxu, é só uma expressão descritiva de uma vida estranha, de uma moça estranha que se confunde com sua própria vida, por que eu sou o que eu vivo, e não há distancia entre eu e o mundo...



Um outro relato, um grito no escuro, intenção, desejo e tristeza (muda).

  Mayra Beleza Portela         



Well, there's a



Hundred miles of desert



Lies between his hide and mine



I don't need no food



And no water, Lord



‘Cos I'm running out of time
- Uriah Heep, Stealin








quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A HUMANA

Mayra com sono cansada, meio de saco cheio de existir pergunta a Aquela Mulher:

_ O que esta acontecendo conosco, eu sinto coisas que eu não sei decifrar, talvez sejam sentimentos novos no mundo, ainda não conceituados, ou talvez eu tenha lido pouco demais para conhecer palavras o suficiente.

Sinceramente, Mulher, estou perturbada, preciso ler, estudar, escrever, muito muito muitoooooo mais do que eu faço, pois, eu não faço mais que a minha obrigação, é preciso hoje, voltar aos pensadores, pois meu material mental não esta dando conta da complexidade do meu mundo.

Ás vezes desejo uma espécie de morte física, eu Odeio, os limites do corpo, odeio o tempo que se gasta dormindo, odeio o tempo que se gasta comendo, odeio meus desejos e necessidades emocionais e carnais... Eu queria poder engolir o mundo com a minha cabeça.

Minha alma – Você, é grande demais para limitar-se a essa vulgar estrutura biológica, Odeio os limites e as paredes que me aprisionam. Por isso AMO e ODEIO a morte, eu a amo por que ela é a esperança de ser livre dessa vida humana-vulgar, e eu a odeio, pois ela é o relógio que marca o tempo em que estarei presente nesse plano, e adorado laboratório de estudos.

Eu sempre sei pouco, vivi pouco, me aproveitei pouco de mim, e tic tac, menos um minuto de vida, sinto vontade de achar um jeito de dormir a menor quantidade de tempo possível, sinto vontade de tomar cápsulas de alimentos que não me dêem fome, sinto vontade de achar um homem maravilhoso, que me ajude a entender e carregar minha pesada psique – Aquela Mulher, e que me dê o sexo que preciso do jeito que preciso.

Alias louvado seja o Sexo, que é um presente dos divinos aos humanos, uma forma de ser Deus por romper-se as emoções vulcânicas do corpo.

E a linguagem e a minha amada psico-filosofia é isso, é como eu, um corpo frágil que limita em linguagem, um pensamento imagem (alma), grande demais para caber em letras.

E observem a que ridícula condição estou imposta:

Eu, Mayra Portela Mendes, que muito preferiria Mayra Beleza Portela, sou um corpo, um código de barra, em uma sociedade machista, com valores patriarcais que me fazem sofrer, em uma sociedade consumista, logo capitalista compulsiva, que vê apenas como uma servente a produzir Dinheiro.

O Valor, A Lei e tudo é materializado em notas sujas, em números, em conceitos que nem sabem ao certo serem concretos.

Eu, com meu corpo, com minhas dores, e limitações físicas, preciso entender minha aprisionada alma que precisa nesse plano do corpo como veiculo de manifestação. Através da psico-filosofia que é limitada em linguagem, pois precisa da linguagem para manifestar-se nesse plano, e eu preciso dessa “arte” para compreender, e conceituar (logo, dar forma, isto é dar corpo, tornar linguagem) a minha Alma, que já esta conceituada sobre esta forma física e corpo.

Sim, estou em crise existencial, por que estou irritadíssima com minha condição humana, com minhas células morrendo a cada segundo, com a possibilidade da doença, com o vício do sexo e do cigarro, com a necessidade ridícula de dormir.

E sinto-lhes dizer, mas acreditar no “impossível”, é acreditar, não é fundamento, não é mensurável o suficiente.

Até agora posso ter-lhes parecido absolutamente racional, mas, não se enganem, só possuo uma boa dialética, sou uma menina sonhadora e idealista, carente, romântica e repleta de feridas abertas...

Preciso de carinho e atenção, preciso me sentir amada, e eu detesto esses precisares, mas, não posso negá-los.

Vou contar-lhes um segredo sou absolutamente auto-destrutiva, uma suicida em potencial, sou masoquista também, mas sou tãaaao altruísta.

Sou auto-destrutiva pois, me Odeio, por ser humana, por minha forma e unidade corporal me confinarem a isso... Todas as outras de nós são Livres, todas as outras de nós são meio Deusas, Anjo ou Demônio, mas sempre Deusa!

Uma vez tentei me matar, há anos atrás precisamente, há 8 anos atrás, quando decidi, que Aquela Mulher não merecia me ter como fator limitante, eu a única humana.

Sou masoquista, por que tenho prazer em agredir minha humanidade.

Entrei em um estado de quase morte, quando a exatos 8 meses, fui acordada, tive que recomeçar de onde parei, uma garota de 13 anos, amadureci um ano por mês, intensa e inteligente como sou, e aqui estou, com todas as crises dignas de minha terrível humanidade.

Aquela mulher segura as mãos de Mayra e lhe diz firme mas, ainda carinhosa:

_Eu sei que você esta sofrendo, eu sei que quando você é a face da vez as coisas tendem a sair do controle, você esta crescendo... Eu não posso te dizer que sei o que fazer, mas, sei o que é consenso entre nós, talvez isso te ajude a pensar.

Já foi provado, que sou forte o bastante para sustentar o peso de nossa personalidade total, mas, eu olho para ti, eu olho para Lyz, minhas princesas! Você Mayra, esta feliz, conquistou muito, mas nossa pequena Lyz, anda mal, parece um cadáver pelos corredores do Castelo de Prata, desacredita a princesa vaga, sem poesia alguma.

Mayra, você é o reflexo carnal de mim, você conhece as dores físico-sociais de ser quem somos, sei que o peso de todas nós lhe dói as pernas, as costas... e ouço você chorando baixinho, pedindo para que fosse possível sermos menos mulheres, menos complexas, e ate menos poderosas, é muita mulher numa mulher só.

Linda só tem, o muito vivido nos seus fortes 21 anos, dê um basta nas exigências. Veja aonde chegamos, veja como você finalmente esta se encontrando, de valor para isso, você sabe a receita para continuar crescendo.

E dê Graças aos céus, pelo fato de que como foi concluído através do positivismo e da filosofia Kantiana: O objeto de estudo da Psicologia é o homem, isto é o homem estuda o homem, temos de cara um problema epistemológico, mas ok.

O importante é que construímos um método terapêutico de estudo-ánalise, onde Aquela Mulher estuda Aquela Mulher, e funciona!


Mayra diz:

Chega! Você não compreende, que todas vocês, usam do meu corpo, da minha vida para existirem, quase como se incorporassem em mim, mesmo sendo eu.

É muito peso em uma vida só, e ninguém para me carregar. Eu preciso de alguém que me ajude a carregar o peso que é ser quem eu sou e que saiba e goste e aceite o que sou, todas nós, caso contrario é sofrimento.

Quero poder contar meus pensamentos e idéias mais absurdas!

Cheguei em casa de novo exausta, de novo com dor de cabeça, olhei o telefone impulso de ligar para alguém...

Contar como foi meu dia, desabafar, gritar, chorar, eu preciso poder morar um pouco em algum lugar que não seja dentro de mim, eu quero voltar para a casa, amar de novo...

Me entregar, e poder ter sim, um porto seguro, eu já sei carregar meu próprio peso, com meus pequenos pés, eu sei! Mas, vocês me atazanam! É difícil conseguir se envolver, se são tantas mulheres em jogo...

Aq : _ E você sabe, que eu nunca mais quero enterrar uma de nós, por isso me preocupo com a Lyz... E no fundo o sofrimento dela é o mesmo que o teu, na verdade o sofrimento dela reflete sobre a sua humanidade.

May: _Minha maldita humanidade... eu queria ser uma luz...

Olha para o céu, e suspira.



Mayra Portela Mendes Mayra Beleza Portela e Aquela Mulher

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

NA NOITE DO ARROCHA - LAPADA NA RACHADA

-Teoria da libertaçãi social clandestina através de meios artísticos-culturais, de expressão sexual explícita.

Do Baile Funk ao Arrocha

Na Noite do Arrocha
Lapada na Rachada
No pós Punk de guerra
Da sarjeta a Nova Era
Do Baile Funk e da coabe
O povo aqui se abre
Lapada na Rachada
Percebe o sensitivo
Toda tese nela infiltrada
No vai e vem
Desapercebida a Rebolada
Se enquadra e se encaicha
a mulherada
A antropologia animal da espécie
Sobre a fornicação social
A que se deve e bebe
o crescimento progressivo da população
De requebrar-se a arrochar-se
A multidão sem pudor
e sem medo de doença
É coisa de Amor!
Brasil! Brasil!
Na minha crença
Meio Umbanda
Meio samba e rock n'roll
Minha sentença é Arrocha à toda classe
É cheiro! É gosto! É toda bobagem!
Requebrando e metendo a seco
Sim! No cú da sociedade!
E perco a linha, e sou sem métrica
Tamo aí!
O povo todo sabe dançar!
Na Noite do Arrocha
Lapada na Rachada é sensacional
A que aqui me mostra
Uma putaria de vida
Da vida irracional
É a putaria que nos une
Pobre ou rico tudo igual
Falta ao homem ao tentar ser homem
Lembrar-se de ser animal
Num pega lá, puxa daqui, aperta, geme, grita!
Num tralalá de cerveja!
Agora veja...
Bora lá no Arrocha?


A.T.R.I.Z. S.E.M. N.O.M.E.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu Romântica?

Espero por um homem, que tenha a alma grande forte e nobre, a sabedoria dos antigos, que essa sabedoria não venha dos livros mas, dos mundos que conhece através de seus sonhos, e de sua capacidade de contar estrelas e interpretar as nuvens no céu...

Dos versos de Lyz Ive, Princesa do Castelo de prata



São Só Lírios


Aquece ao luar as alma fartas de ser

Um sozinho a se estremecer

Na só busca da luz

E no sorriso seduz

A estrela que brilha no céu

No sonho que morre em papel

Sabendo-se ilusão

Morrendo em prosa e canção

O mal que ferve em mim

São lírios colhidos assim...

Cantando com coração de seu jardim

São lírios no olhar

Os olhos de paz florescer

A donzela princesa em sonhar

Em esquecer...

São lírios nos cabelos



É o vento que vem balançar


A alma grande acolhida


Por um se apaixonar


Inocente que não cabe em si


São lírios martírios de estar aqui


São lírios brilhos suspiros por ti


São lírios brancos e coloridos neon


De estrela, nessa galáxia reluzente


Que toma a fome indecente


E conduz ao pecado


E seduz no sorriso


A luz de estar contigo


São só os lírios colhidos no anoitecer...


Meu bem quer, meu amigo


No sonho eu te encontro


Talvez sonhar e esquecer...

Se tiver a chave venha comigo...
Acordou- me à primavera de minha alma em cores mil
 


Eu te entrego os meus lírios, minha rosa, meu cantar
A quem diga Bela menina cansada de esperar...


Vamos juntos viajar, para um lugar só seu e meu

De primavera sem mais espera,



Foi muito o tempo que se perdeu

Na madrugada, de sonhos limpos



De desatino e insensatez

Foi a delícia, tão doce e pura



Toda carícia que ele me fez...


Foi mesmo real?



Ou foi tudo um sonho?


Lyz Ive, Princesa do Castelo de Prata

 Um dos melhores românticos...

Não te Arrependas

Não te arrependas, Amada, porque a mim tão depressa

te deste!

Podes crer, nem por isso de ti penso coisas insolentes

e vis!

Vária é a acção das setas do Amor: algumas arranham,

E do rastejante veneno languesce pra anos o peito.

Mas, com penas potentes e gume afiado de fresco,

Outras penetram até ao tutano e rápido inflamam

o sangue.

Nos tempos heróicos, quando Deuses e Deusas amavam,

Ao olhar seguia o desejo, ao desejo o prazer.

Crês tu que a Deusa do Amor pensou muito tempo

Quando no bosque de Ida um dia Anquises lhe

agradou?

Se Luna tardasse a beijar o belo dormente,

Auiora, invejosa, em breve o teria acordado.

Hero descobriu Leandro no festim ruidoso, e ligeiro,

Ardente saltou o amante pra a corrente nocturna.

Rhea Sílvia, a virgem princesa, vai descuidosa

Buscar água ao Tibre, e o Deus dela se apossa.

Assim Marte gerou os seus filhos! — Uma loba

amamenta

Os Gémeos, e Roma nomeia-se princesa do mundo.



Johann Wolfgang von Goethe, in "Elegias Romanas"



Tradução de Paulo Quintela

domingo, 1 de agosto de 2010

UMA QUALQUER MERDA QUE EU INVENTO


EU NÃO SEI ------------ NÃO SEI MESMO ---                ------------ POR ISSO VALE TUDO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------    NÃO SABER AO MENOS CONDUZ AO ILIMITADO--------------------------------------ENQUANTO A CERTEZA APENAS LIMITA----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------É, DE FATO EU REALMENTE NÃO SEI DE NADA..........................................HUHIUHIUGYUVUCTRHYFVGHAXTYTDFUVBIUFUKYVBIOIB



(tosse) (tosse) (tosse)



Senta-se de pernas cruzadas, na sarjeta, na mão um copo de plástico, cheio de pinga, na boca o cigarro, sempre sempre o cigarro, o cigarro sempre lhe compensara um prazer oral indescritível, no qual ela se acabava em gemidos e ais, que na real... só Ela sabia o que esses ais queriam dizer...


Seu figurino, um vestido vermelho curto, com um pequeno decote, botas pretas, e um casaco muito velho, todas as roupas na verdade pareciam empoeiradas, e seus cabelos, embaraçados e sujos, tudo nela era um símbolo do mais puro auto-abandono demente e sórdido....

Era uma tuberculose de caráter, uma ninfomania auto erótica não concretizável, era triste, mas era o único jeito que eu sabia fazer....


Seu publico, dois mendigos, o tio do cachorro quente, e uma velhinha portuguesa que assava castanhas na feira (viúva, a coitada – ou não rsrsrsrs), ah e uns 3 encostos, e 2 amigos imaginários.


E Ela em voz majestosa de Princesa do Lixo recita:



UMA QUALQUER MERDA QUE EU INVENTO


Indivisível experimento macabro ---------------------------------------------PECADO

Cafonice existencial em sentimentos estampados

De branco, vermelho, preto e laço verde amarrado

De falsa fita se força algema,

De sangue em sangue

Aqui arrebato----------------------------------------------------------------CARRASCO

É um fino ato, o cair da noite semi azulado

É de solteira, o salto alto o ploc ploc chamativo

Das altas pernas, que se insinuam, buscando a paz do desespero

Laboratório, irreal de falsas imagens

Da desgraça, da porca graça desse momento,

É sempre assim para estancar o sangue, ----------------------------------COMENDO

Uma qualquer bosta que eu invento

A quem se agarra a seus segundos feito imortal

Esquecendo a carne do mundo humano visceral

Fui feita de rosa choque e muito gliter

Feito um traveco a luz do luar

Quem foge, agite -----------------------------------------------------------------PENHASCOS

Quem goze, grite

Dá e admite!

Só não me faça mais esperar

A fome mata a boca insana

Que vibra faminta a degustar

A nova fruta que se desnuda

Quem morde é vulva, a lhe tragar -------------------------------------------- NADA

São carnes fortes

São tantas mortes

Da sociedade dos que me castram-----------------------------------------------COBERTOR

E eu reprimida só sigo a vida

A bosta vivida de caminhar.

Calem a boca! Eu brilho e muito -------------------------------------DEVANEIO

Mesmo doente vou lhes contar

Eu sou do lixo, o lixo é santo

Meu lixo é bento

Minha Arte vem do lixo

É qualquer merda que eu invento

Só para parar de doer....--------------------------------------------------------LIVRO

Lá na cidade, o chão é sujo,

A vida é triste, sem vista para o mar

São roupas velhas, cartas rasgadas

Vida sem freio, tudo ilusão,

Perdi o rumo, rumei sem meta, e dei de cara com o chão

Não gozo nunca, e todo dia é o mesmo dia
O todo dia sem paixão -----------------------------AMOR

Da agonia do fim do dia, do calor de um verão

Sufocada esturricada, nicotinada, lambendo a mão

Eu nem sei nome, eu sou atriz---------------------------------------------------------NÃO

Sou a vadia e contra mão----------------------------------------SEI

Mas...-------------------------------------------------------------------------NÃO SEI

Que se foda! E que me foda!------------------------------------------POR ESPERANÇA

Nessa porra sem razão, nessa ferida, tão ardida

A vida é fria de emoção,

Livro em branco,

Trapos velhos

Bebida barata---------------------------------------------------NÃO

E desilusão

A mais bonita, a mais exata, é moça chata e sem paixão

Agora A Arte! Agora a Arte!

Vai me livrar desse vulcão,

A arte é meu rebento é salvação ------------------------------FUSÃO

É o tudo merda-ouro que invento

E se não sei, eu sei por que tento.

Sublimando rapidamente, o que na minha mente é lixo, é vão.

A atriz, que vem só vem por que pode.-----------------------------------ARITMÉTICA

Agora A Vida Arde! Agora a Vida Arde!

Sem gozo, e sem tesão....-----------------------------NÃO SEI


NÃO NÃO NÃO NÃO SEI



Não SEi.


CeRVeja baRaTa, de ReNdaS coR DE jaSMiM, FOtogRafia do anIVERrsÁrio de 7 anOs, e leNço De aSsoar o narIz.



A.T.R.I.Z. S.E.M. N.O.M.E.