ESTOU PERPLEXA
Vejam olhem
Morte vida vida morte
Filhos, mães, pais, e avós
Onde estaremos nós?
Nessa vida que mata arrastada.
Nessa morte que segue agarrada...
Com cheiro, gosto e símbolo a meus pés
Vida, minha vida, morte-vida, minha mãe
Haja remédio, haja mel,
Sob a ferida da vingança
Esquece menina...
Dorme descansa.
Pela Deusa Vida que canta
Pela avó que inda dança
Nessa hora : Não Mate Vida! Não mate!
Deixe a vida, não arrebate,
Não arranque da Vida mais um dos meus
Não me leve ao campo de rosas tão cedo
Meu amor, te perder – meu medo.
Menos uma mãe no mundo?
Meus deuses, minhas ancestrais, minhas avós.
E eu aqui, rezo só.
Rezo só tuas preces, para que a vida não te leve
Para que fique por favor um pouco mais...
Com luz, com força, doçura e amor.
Por favor... só não faça minha mãe chorar.
Poupe-me das dores impressas nos olhos verdes daquela que eu mais amo no mundo...
Seus mesmos olhos, meus mesmos olhos – nossos olhos.
Quero seus olhos abertos de novo a essas cores.
Chega de morte. Chega de dor.
Agora a paz deverá vim de braços abertos a nosso Amor e segredos
Sob a luz de nossa terra, de nossa casa.
Para que rezemos ao menos juntas nossa última Ave Maria...
Minhas ancestrais, ouçam minha prece...
Mayra Beleza Portela
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