Eu estou com um medo persecutório de mim mesma
Por me encontrar desencontrada em tudo que vejo
Tudo eu em meu nárcisico objeto de desejo
O Mundo se parece comigo
O Mundo não se parece comigo
Apenas Eu...
Que me pareço e distancio desse mundo
Seguindo meu Círculo completo
Num pequeno ponto
Onde Eu sou o Mundo
Onde o Mundo sou Eu
E Eu sou o Círculo
Sagrado és tú: Número Zero
Começa e termina
Louco que determina decimais
Nesse Mundo tão terreno, tão denso
Que seria deste Mundo tão astral, tão étereo...
Se não fosse o conhecimento do sagrado
(ao qual todos se voltam em seus momentos finais)
Eternizados pelas mãos de poetas
Concretizados por nossos atores
Esses são nossos Rituais
Vivido por todos os humanos
Desconhecedores fiéis do conhecimento do sagrado
Sou magia e escultura em processo
Contornos e detalhes da minha obra de arte
Gosto dos artistas da personalidade,
Estou revelando minha outra metade
Antes viviva em escuridão
Projetada na imensidão - Desse Mundo
Esse Mundo? Que tem de mim nesse Mundo?
Que Mundo tem em mim? O que do Mundo tem em mim?
O que do Mundo tem em mim que já não seja meu por natureza?
E se é da natureza, então é do Mundo
Não é de se estranhar que as pessoas fiquem loucas
Observar e aguentar os bastidores.
O que acontece atrás da cortina?
Que condiciona, que organiza, atrapalha e facilita esse espetáculo...
Conjecturas persecutórias de descoberta...
Elas poderiam ser eternas...
Mayra Portela
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